sexta-feira, junho 15, 2012

A JUVENTUDE QUER VIVER


“É preciso amar as pessoas como se
não houvesse amanhã.”
(Renato Russo)

Por que pensar que “A juventude quer viver”?
O Projeto “A Juventude quer Viver” nasce na fidelidade ao projeto de Jesus que nos envia em missão para que todos tenham vida e vida em abundância (Jo 10,10). Nasce da necessidade de no estágio da militância do Processo da Educação na Fé, e com base na rede de grupos de jovens em todo o Brasil, reunirem-se propostas e pautar políticas públicas e sociais de/com/para a juventude, como forma de promover sua participação e protagonismo, garantindo que os autores dessas instâncias sejam os próprios jovens promovendo a mobilização coletiva da PJ de forma mais organizada, orgânica e qualificada.
Segundo a pesquisadora Regina Novaes essa geração jovem tem três características comuns: “o medo de morrer”, referindo-se ao alto número de jovens vítimas da violência letal; o “medo de sobrar”, por causa dos índices de exclusão social e econômica a que os jovens se encontram submetidos em nossa sociedade, em especial no que tange à questão do desemprego e à marginalização social; e o “medo de ficar desconectado”, referindo-se ao risco de não pertencimento aos grupos sociais nos quais convive. Trata-se de três grandes marcas geracionais.

No que se refere à questão do “medo de morrer”, relacionado ao tema da violência, podemos falar num verdadeiro genocídio, principalmente contra a população jovem negra e masculina. Um problema grave que exige da Pastoral da Juventude um posicionamento público e uma ação mais efetiva em relação a algumas questões que afetam as suas vidas.
Do ponto de vista da Palavra do Magistério da Igreja, forte é a exortação no sentido do direito à vida e garantia da juventude:
Face à situação de extrema vulnerabilidade a que está submetida a imensa maioria dos jovens brasileiros, é necessária uma firme atuação de todos os segmentos da Igreja no sentido de garantir o direito dos jovens à vida digna e ao pleno desenvolvimento de suas potencialidades. Isso se desdobra e concretiza no direito à educação, ao trabalho e à renda, à cultura e ao lazer, à segurança, à assistência social, à saúde e à participação social.
As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil propõem que as Comunidades deem atenção especial aos jovens e afirmam que o combate à violência e ao extermínio de jovens contribui      com a vida plena da juventude, parcela tão importante de nossa Igreja e da sociedade.
Tendo em vista esses elementos da realidade juvenil, as palavras de Jesus e as orientações da Igreja, faz-se necessário um projeto nacional da PJ que possa centrar forças em ações mais específicas e diretas em relação à defesa da vida e na luta pela efetivação e acompanhamento de políticas públicas de juventude.

Visita ao Asilo (27/05)


Dia 27/05, o Grupo de Jovens visitou o Asilo Águas Vivas, creio que os que estavam presente além de passar uma tarde dando atenção e carinho também receberam (talvez até mais) como se fosse reflexo. Conheci um senhor bastante interessante, que me marcou pela forma de encarar a vida. Não se cobria de auto-piedade, mas tinha um sorriso e uma boa conversa. Perguntei se ele precisava de alguma coisa que eu pudesse trazer e ele respondeu que só a minha visita já estava ótimo. Outra senhora em algumas horinhas que passamos juntas já disse que me adorava. Rimos juntas, também conversamos. É muito gratificante saber que assim como nós nos sentimos bem, passamos o mesmo sentimento. Nunca tive tanta plateia interessada antes em alguma outra visita, e é por isso que adoro tanto ir lá, em tão poucas vezes, infelizmente. Graças a Deus há jovens dispostos a visitá-los quando pode. Ações assim não têm preço. Acredito muito que o que plantamos, um dia iremos colher, hoje são eles que estão no asilo, mas o tempo não para, e ninguém pode afirmar que não estaremos no mesmo lugar! Você sabe onde vai estar aos seus 80 anos?


Por: Tainá Serafim.

Jovens, mais um ano na expectativa!